Análise econômica dos gastos diretos com internações hospitalares por vítimas de trauma do Sistema Único de Saúde em um município de Minas Gerais, 2011-2021
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v16.n1.p8-15Palavras-chave:
trauma, CID, Sistema Único de Saúde, traumatismos de quadril, traumatismos de cabeça, gastos públicosResumo
Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em determinado município do interior de Minas Gerais, bem como os gastos financeiros e o repasse financeiro para os centros de atendimento de traumas. Material e métodos: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, realizado a partir da coleta de dados pelo SIH-SUS, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2021, em um município do interior de Minas Gerais. Resultados: Foi identificado um total de 14.138 pacientes, com maior acometimento de pessoas do sexo masculino, com idade entre 15 e 44 anos. Como causas mais frequentes, destacaram-se os traumatismos de quadril e coxa, seguidos de traumatismos de membros superiores (ombro, antebraço, braço, punho e mão) e cabeça. Como tempo médio de permanência hospitalar, houve 4.693 diárias entre 2011 e 2021 secundárias a complicações em enfermarias e unidade de terapia intensiva, elevando cerca de 2,37% os valores repassados pelo SUS no período estudado. Em resumo, a análise da incidência de traumas nas emergências de um município do interior de Minas Gerais revela uma preocupante tendência em que homens na faixa etária de 15 a 44 anos emergem como as principais vítimas. Esse padrão pode ser influenciado por fatores como ocupação, comportamentos de risco e mobilidade. Conclusão: A compreensão dessa demografia específica é crucial para direcionar estratégias de prevenção e resposta adequadas. A implementação de medidas educativas, segurança no trânsito e promoção da saúde mental pode contribuir para mitigar os impactos dos traumas nesse grupo demográfico, melhorando sua qualidade de vida e a saúde geral da comunidade.