Custo-efetividade do erlotinibe comparado ao gefitinibe para CPNPC com mutações EGFR no Inca
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v12.n1.p8-15Palavras-chave:
avaliação de custo-efetividade, neoplasias pulmonares, proteínas tirosina quinasesResumo
Objetivo: O câncer de pulmão (CP), segundo dados da Organização Mundial de Saúde, é a neoplasia mais frequente e mais letal em homens e a segunda nas mulheres em todo o mundo. O CP compreende vários tipos histológicos, incluindo câncer de pulmão de pequenas células e os diferentes tipos de câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC). Esse subtipo representa cerca de 80% dos casos e compreende principalmente o adenocarcinoma. A terapia de escolha para tratamento de CPNPC com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) são os inibidores de tirosina quinase (ITKs), como erlotinibe e gefitinibe. Neste artigo avaliamos o custo-efetividade do erlotinibe comparado ao gefitinibe no tratamento de CPNPC. Métodos: Foi realizada uma análise de custo-efetividade sob a perspectiva de um hospital federal do Sistema Único de Saúde (SUS). Em um modelo de árvore de decisão, foram aplicados os desfechos de efetividade e segurança dos ITKs. Os dados clínicos foram extraídos de prontuários e os custos diretos, consultados em fontes oficiais do Ministério da Saúde. Resultados: O custo de 10 meses de tratamento, englobando o valor dos ITKs, procedimentos e manejo de eventos adversos, foi de R$ 63.266,76 para o erlotinibe e de R$ 39.594,72 para o gefitinibe. Os medicamentos apresentaram efetividade estatisticamente equivalente e diferença estatisticamente significativa para o desfecho de segurança, no qual o gefitinibe obteve melhor resultado. Conclusão: O gefitinibe, nesse contexto, é a tecnologia dominante quando os custos de tratamento são associados aos de manejo de eventos adversos.
