Fita de silicone versus fita microporosa para prevenção de lesão cutânea relacionada a adesivos médicos: revisão sistemática e metanálise
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v11.n3.p271-82Palavras-chave:
fita cirúrgica, pele, ferimentos e lesões, avaliação da tecnologia biomédica, revisãoResumo
Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia e a segurança das fitas de silicone comparadas às fitas microporosas em pacientes com pele frágil. Métodos: Uma revisão sistemática da literatura foi conduzida. Ensaios clínicos que compararam a fita de silicone para uso médico com a fita microporosa em pacientes prematuros, neonatos, crianças, idosos ou pessoas com risco aumentado de lesão por adesivos médicos foram incluídos. Esse relato seguiu os princípios do relatório PRISMA. Resultados: Três ensaios clínicos randomizados foram incluídos. As fitas de silicone foram associadas a menor risco de lesões (RR = 0,53; valor-p = 0,03), mas não foi observada diferença em termos de lesões moderadas ou graves (RR = 0,25; valor-p = 0,20), e produziram significativamente menos edema/eritema que fitas microporosas em crianças (MD = -0,42; valor-p < 0,0001). A qualidade da evidência foi considerada baixa. Conclusão: A evidência sugere que as fitas de silicone são mais gentis à pele dos pacientes que as fitas microporosas. No entanto, nenhum estudo incluído reportou dados sobre os desfechos de interesse. Os estudos tinham amostras pequenas, horizonte temporal curto e qualidade de evidência muito baixa. A informação existente é insuficiente para possibilitar a recomendação das fitas de silicone para prevenção de lesões cutâneas em comparação com as fitas microporosas.
