Custos do tratamento do hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica, com cinacalcete ou paratireoidectomia, para pacientes não controlados com a terapia clínica convencional sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde

Autores

  • Denizar Araújo Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Laura Amaral Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Ana Claudia Guersoni Programa de Pós-Graduação em Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil. Amgen Brasil, São Paulo, SP, Brasil.
  • Aluízio Carvalho Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil.
  • Cristina Kahrol Hospital das Clínicas de Porto Alegre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Fabio Montenegro USP, São Paulo, SP, Brasil.
  • Leandro Lucca Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil.
  • Elisa Sampaio Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil.
  • Melanie Custódio USP, São Paulo, SP, Brasil.
  • Rosa Maria Moyses Programa de Mestrado em Medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), São Paulo, SP, Brasil.
  • Vanda Jorgetti USP, São Paulo, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21115/JBES.v9.n1.p54-61

Palavras-chave:

cinacalcete, hiperparatireoidismo secundário, insuficiência renal crônica, paratireoidectomia

Resumo

Objetivos: Estimar a população elegível para o tratamento de pacientes com hiperparatireoidismo secundário (HPTS), não controlados com terapia convencional, bem como avaliar a utilização de recursos para o tratamento dessa população com cinacalcete ou paratireoidectomia (PTX). Métodos: Utilização da técnica Delphi por painel de especialistas. A pesquisa foi realizada utilizando questionário estruturado, enviado por meio eletrônico aos especialistas, e seguida de encontro presencial. Os custos foram obtidos de bases de dados governamentais. Apenas custos médicos diretos foram incluídos, sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS) (em reais no ano de 2014). Os dados foram avaliados pelo Microsoft Excel versão 2013. Resultados: A população no cenário de mundo real indicada para o tratamento com cinacalcete foi de 7.705 pacientes. Já a população real encaminhada para a PTX foi de 7.691 pacientes, sendo esse número 76,3% maior que a população ideal com indicação de PTX, que foi de 1.822 pacientes. O custo estimado do tratamento com cinacalcete foi de R$ 27.712,95 (considerando a dose recomendada em bula para cinacalcete, de 30 a 180 mg/ dia) e de R$ 16.841,85 para PTX (incluindo os períodos pré e pós-cirúrgico). A análise de sensibilidade foi baseada na dose média de cinacalcete, conforme o estudo EVOLVE (66,8 mg/dia). Nesse cenário, o custo do tratamento com cinacalcete foi de R$ 11.924,13 (57% menor que o cenário com a dose de bula). Conclusão: No cenário SUS, o número de pacientes encaminhados para PTX foi 76,3% maior que os idealmente indicados à cirurgia, o que ocorre devido à falta de opções terapêuticas.

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Publicado

2017-04-20

Como Citar

Araújo, D., Amaral, L., Guersoni, A. C., Carvalho, A., Kahrol, C., Montenegro, F., … Jorgetti, V. (2017). Custos do tratamento do hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica, com cinacalcete ou paratireoidectomia, para pacientes não controlados com a terapia clínica convencional sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde. Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 9(1), 54–61. https://doi.org/10.21115/JBES.v9.n1.p54-61

Edição

Seção

Artigos