Sequenciamento de biológicos em câncer colorretal metastático (CCRm): uma análise de comparação de custos para pacientes CCRm RAS selvagens no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v8.n1.p24-38Palavras-chave:
câncer colorretal metastático, bevacizumabe, cetuximabe, panitumumabe, múltiplas linhas, TMLResumo
Objetivo: Comparar o custo de tratamento de diferentes sequências de regimes incluindo anticorpos monoclonais no tratamento de câncer colorretal metastático (CCRm) no Sistema de Saúde Suplementar Brasileiro. Métodos: Dezesseis cenários foram analisados, cada um comparando uma sequência de bevacizumabe TML (Bev TML) mais um anti-EGFR em terceira linha, com outra sequência sem bevacizumabe TML (não-Bev TML). Os anti-EGFRs cetuximabe e panitumumabe forma incluídos. Os custos mensais e totais do sequenciamento terapêutico foram comparados por pacientes. Resultados: As sequências com Bev TML trouxeram economia de recursos em 50% de todos os cenários, e especialmente comparado aos regimes iniciando com cetuximabe em primeira linha de tratamento. Considerando os cenários em que os regimes não-Bev TML apresentaram menos custo, todos iniciaram o sequenciamento com bevacizumabe seguido de um medicamento biológico anti-EGFR. Conclusões: Os regimes Bev TML apresentaram economia de recursos comparado aos cenários com não-Bev TML que iniciaram com cetuximabe, apesar do uso de bevacizumabe em múltiplas linhas e da adição de medicamento biológico anti-EGFR em terceira linha no tratamento de CCRm. Considerando os demais cenários em que os regimes Bev-TML não apresentaram economia de recursos, os regimes iniciando com Bev apresentaram menor custo total. Desta maneira, iniciar o tratamento com bevacizumabe proporciona um gerenciamento mais racional de uso de recursos, assim como, permite aos médicos adicionar um medicamento biológico em terceira linha, potencialmente melhorando o manejo a longo prazo do CCRm com RAS selvagem.