Artrite reumatoide: custos indiretos associados à perda de produtividade sob a perspectiva dos empregadores no Brasil

Autores

  • Vanessa Teich Medinsight - Decisions in Health Care, São Paulo, Brasil.
  • Leonardo Chaves Abbott Laboratórios, São Paulo, Brasil.
  • Howard Birnbaum Analysis Group, Boston, EUA.
  • Crystal Pike Analysis Group, Boston, EUA.
  • Chad Waryas Analysis Group, Boston, EUA.
  • Mary Cifaldi Abbott Laboratories, Chicago, EUA

Palavras-chave:

custos e análise de custo, artrite reumatoide, adalimumabe

Resumo

Objetivo: Estimar os custos indiretos associados à artrite reumatoide (AR) sob a perspectiva dos empregadores brasileiros, e projetar ganhos associados ao uso de inibidores do fator de necrose tumoral (anti-TNFs), com foco em adalimumabe, para tratamento da AR. Métodos: Um modelo customizável dos impactos no trabalho de tratamentos alternativos para AR foi calibrado com parâmetros brasileiros baseados em dados da literatura e fontes governamentais. O modelo incluiu salários segmentados por setor para permitir comparações entre indústrias. Custos de absenteísmo por licença médica/incapacidade, produtividade reduzida, substituição de trabalhadores e adaptações de equipamentos de trabalho foram calculados para empregados com AR tratados com adalimumabe versus drogas modificadoras do curso da doença (DMARDs) tradicionais e custos para os empregadores foram comparados entre os grupos. Resultados: No cenário geral, o custo indireto anual de empregados com AR foi de R$4.439 para empregados em uso de adalimumabe (23% dos salários) versus R$7.959 para empregados tratados com DMARDs tradicionais (42% dos salários). A redução de R$3.520 para os trabalhadores em uso de adalimumabe incluiu menores custos por faltas ao trabalho (R$700) e turnover (R$987), e maior produtividade (R$1.833). As economias por trabalhador em uso de adalimumabe variaram de R$2.453 no setor de coleta/tratamento de resíduos até R$27.516 no setor de extração de petróleo. Conclusões: A AR impõe um grande impacto financeiro sobre os empregadores brasileiros. Este impacto é substancialmente menor para empregados tratados com adalimumabe versus DMARDs tradicionais, como resultado de maior produtividade, menor turnover e menor absenteísmo. O impacto varia entre indústrias com setores com maior média salarial apresentando os maiores impactos.

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Publicado

2012-04-20

Como Citar

Teich, V., Chaves, L., Birnbaum, H., Pike, C., Waryas, C., & Cifaldi, M. (2012). Artrite reumatoide: custos indiretos associados à perda de produtividade sob a perspectiva dos empregadores no Brasil. Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 4(1), 316–323. Recuperado de https://www.jbes.com.br/index.php/jbes/article/view/422

Edição

Seção

Artigos