Artrite reumatoide: custos indiretos associados à perda de produtividade sob a perspectiva dos empregadores no Brasil
Palavras-chave:
custos e análise de custo, artrite reumatoide, adalimumabeResumo
Objetivo: Estimar os custos indiretos associados à artrite reumatoide (AR) sob a perspectiva dos empregadores brasileiros, e projetar ganhos associados ao uso de inibidores do fator de necrose tumoral (anti-TNFs), com foco em adalimumabe, para tratamento da AR. Métodos: Um modelo customizável dos impactos no trabalho de tratamentos alternativos para AR foi calibrado com parâmetros brasileiros baseados em dados da literatura e fontes governamentais. O modelo incluiu salários segmentados por setor para permitir comparações entre indústrias. Custos de absenteísmo por licença médica/incapacidade, produtividade reduzida, substituição de trabalhadores e adaptações de equipamentos de trabalho foram calculados para empregados com AR tratados com adalimumabe versus drogas modificadoras do curso da doença (DMARDs) tradicionais e custos para os empregadores foram comparados entre os grupos. Resultados: No cenário geral, o custo indireto anual de empregados com AR foi de R$4.439 para empregados em uso de adalimumabe (23% dos salários) versus R$7.959 para empregados tratados com DMARDs tradicionais (42% dos salários). A redução de R$3.520 para os trabalhadores em uso de adalimumabe incluiu menores custos por faltas ao trabalho (R$700) e turnover (R$987), e maior produtividade (R$1.833). As economias por trabalhador em uso de adalimumabe variaram de R$2.453 no setor de coleta/tratamento de resíduos até R$27.516 no setor de extração de petróleo. Conclusões: A AR impõe um grande impacto financeiro sobre os empregadores brasileiros. Este impacto é substancialmente menor para empregados tratados com adalimumabe versus DMARDs tradicionais, como resultado de maior produtividade, menor turnover e menor absenteísmo. O impacto varia entre indústrias com setores com maior média salarial apresentando os maiores impactos.