Custos dos cuidados com a saúde de um plano de saúde nos últimos cinco anos de vida de seus beneficiários – dados do mundo real

Autores

  • João Paulo dos Reis Neto CAPESESP - Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Stephen Stefani CAPESESP - Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Palavras-chave:

final da vida, gastos no final da vida, gastos com saúde, últimos anos de vida, projeção de custos

Resumo

Introdução: O aumento da despesa com saúde parece estar diretamente associado com o efeito do aumento da idade juntamente com um segundo fator considerado importante, a proximidade à morte. Estima-se que em 2050 o Brasil terá uma população de 64 milhões de habitantes com 60 anos ou mais, o que representa um dos principais desafios à adequada alocação de recursos no sistema de saúde. Objetivos: Examinar, no cenário “mundo real” de um plano de saúde brasileiro, o efeito da proximidade à morte de seus beneficiários em despesas com saúde durante os últimos cinco anos de vida. Métodos: Análise retrospectiva dos dados armazenados no sistema informatizado do plano de saúde de 1.897 beneficiários que morreram entre Janeiro de 2007 e Junho de 2009. Foram examinados os serviços de saúde ambulatorial e hospitalar no ano da morte e nos 4 anos anteriores. A análise foi restringida aos custos diretos totais com atenção médico-hospitalar. As variáveis (demográfica, clínica e custos) foram submetidas a tratamento estatístico considerando um intervalo de confiança de 95%. Resultados: De um total de 1.897 mortes analisadas, a maioria era de homens (60,4%) e tinham 60 anos ou mais (77,0%). A idade média geral dos falecidos foi de 70,6 anos (IC95% 69,9-71,4). O custo nos 60 meses do estudo foi de R$ 115.970.135,85. Desse total, 66,8% foram reembolsados no ano da morte e as internações corresponderam a 89,2% do total. Dentre as principais causas de morte, neoplasia e doenças crônicas tiveram uma maior influência nos gastos. Conclusões: Este estudo sugere que os custos no último ano de vida precisam ser considerados nas projeções de gastos com cuidados à saúde, da mesma forma que o fator de envelhecimento. Uma das alternativas que parecem ser importantes no fim da vida são os cuidados paliativos.

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Publicado

2012-04-20

Como Citar

Reis Neto, J. P. dos, & Stefani, S. (2012). Custos dos cuidados com a saúde de um plano de saúde nos últimos cinco anos de vida de seus beneficiários – dados do mundo real . Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 4(1), 346–350. Recuperado de https://www.jbes.com.br/index.php/jbes/article/view/428

Edição

Seção

Artigos